terça-feira, 16 de junho de 2009

Nun... nun... nun... ca an... an... antes na... na... na his... his... tó... tó... ria!

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O senador José Sarney gaguejando hoje na tribuna do Senado

Nunca na história da sua milicância política o senador José Sarney (PMDB-AP)-[Apê, mas com um jeitão de castelo em Portugal] gaguejou tanto!

Hoje à tarde, usando a tribuna do Senado, Sarney gaguejou tanto que deu a impressão de que a qualquer momento cantaria:


Blo... blo... blo... blogueiros, em mim fi... fizestes um estrago
Eu de neeeervoso tô fi... fi... ficando gago
Não po... posso su... suportar a... a... cru... cru...
Crueldade , que... que... que... que ma... ma... mal... maldade
Vi... vi... vi... vivo sem afa... fa... afago
Tem pe... pena desse moribundo
Que já vi... vi... virou
Va... va... vagabundo
Só... só...
Por ter so... so... sofri... frido
Tu... tu... tu... tu... tu...
Tu tens um co... co... coração fu... fu... furibundo

Blo... blo... blo... blogueiros em mim, fi... fizestes um estrago
Eu de nervoso tô fi... fi... fi... ficando gago
Não po... posso su... suportar ca... ca... cru...
crueldade
Da sacanagem, que... que... que... que ma... ma... maldade
Vi... vi... vivo sem afa... fa... afago
O meu co... co... coração tu me estragaste
E de... po... pois
Tu me ma... ma... mataste
A tu... tua cru... cru... eldade é pro... pro...
profunda
Tu... tu... tu... tu... tu... tu... tu vais
Fi... fi... ficar corcunda!




Em seguida o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) [Psdb, mas com cara de Arena] assumiu a palavra e concluiu:

"Somos todos corruptos!"

E, acometido de lucidez momentânea, sugeriu:

"Esse Senado não serve mais nem pra Incitatus, tem que acabar!"


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JOSÉ SARNEY À DERIVA

Colunista da Folha em apuros

Por Alberto Dines em 16/6/2009


"Sarney está ferrado: a Folha jamais admitiria desvencilhar-se de um incômodo parceiro apenas para satisfazer "alguns leitores" exigentes e inconformados. Agora, com o decisivo empurrão assinado e avalizado pelo mais antigo articulista da Dois, está armado e acionado o cronograma para a saída de José Sarney da Folha de S.Paulo. Aleluia!"


http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=542IMQ001

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Inserido em 29/06/2009 - de LUIS NASSIF ONLINE

Continua o festival Zé Sarney

Continua o festival priápico de escândalos do Senado (clique aqui):

1. A Folha traz a momentosa revelação de que um ex-assessor de Sarney trabalhou na empresa do neto do… Sarney (furo igual só o de O Globo de ontem, que anunciou o segredo que permaneceu guardado por 15 anos: no lançamento do Plano Real foi encomendada à Casa da Moeda uma quantidade enorme de papel-moeda real. Novidade seria se fosse dobrão).

2. A mesma Folha fala dos favores a Arthur Virgilio. E diz que, o fato do denunciante ter sido denunciado amplia a crise de quem ele denunciou. Vá se entender.

3. O Estadão anuncia que Arthur Virgilio pronunciará novamente um duro discurso contra Agaciel Maia. Qual o motivo? Não pergunte para os leitores do Estadão, que eles não foram informados.

Vamos aos pontos que interessam.
Todos os senadores foram beneficiários dos atos do Agaciel Maia, que se manteve no controle do Senado pela incrível capacidade de fazer amigos senadores com favores. Era um padrão. O relatório da FGV mostra um quadro caótico que permitiu à Direção Geral se tornar a todo-poderosa do Senado graças à sua capacidade de quebrar galho de todos os senadores.

Se abrir os tais decretos secretos, não fica um, meu irmão.

Há duas maneiras de tratar esse problema.

A maneira óbvia será implementar o projeto preparado pela FGV, que reformula administrativamente o Senado, tira das mãos da Diretoria Geral o poder de que se viu revestido, acaba com os atos secretos e com as maracutaias na terceirização. Com a pressão da opinião pública, certamente tornará públicos todos os atos da mesa.

A segunda maneira é derrubar Sarney. Com a queda de Sarney, haverá algumas consequencias interessantes:

1. Um coronel, símbolo do atraso, será punido. Em seu lugar entrará outro coronel, símbolo do atraso.

2. Provavelmente haverá atraso na implantação da reforma da FGV. Na política, as mudanças só ocorrem sob pressão. O pressionado da vez é Sarney. A ele não resta a alternativa que não a de implementar o projeto que contratou. Caindo Sarney, a opinião pública midiática estará satisfeita e as reformas estruturais, deixa prá lá.

Outra consequência da saída de Sarney será instituir um fator adicional de instabilidade política. É evidente o jogo de criar um banzé político com vistas às eleições de 2010. Está nítido no acúmulo de CPIs sem foco, tanto no Senado quanto na Câmara. Sarney não incomodo pelo que fez a vida toda. Incomoda porque impede que se bote fogo no Senado.

De todos os colunistas e blogueiros que escrevem sobre Sarney, nenhum teria mais razões pessoais para criticá-lo. Fui alvo de perseguição dele nos anos 80, quando denunciei as mazelas do Saulo Ramos. Ele conseguiu minha saída da Folha - e o Otavinho sabe bem as razões e, certamente, um dia as revelará. Voltei - a convite do jornal - apenas depois que mudou o governo. Haveria melhor hora para a vingança?

Mas qual o preço? Tresloucados como Arthur Virgilio botando fogo no país, a mídia ganhando novo alento para criar factóides em cima de factóides, o panorama político de 2010 se incendiando, jogando por água abaixo os esforços de todos os que lutam por uma transição tranquila, vença quem vencer?

Se houvesse sinceridade nessa campanha, se exigiria de Sarney um prazo para implementar todas as medidas de mudança organizacional e de transparência no Senado.

http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2009/06/29/continua-o-festival-ze-sarney/

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PressAA, de olho na TV Senado

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