sábado, 7 de dezembro de 2013

O Antigo Regime não perdoa Lula

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30 de Dezembro de 2013 | 09:03 Autor: Miguel do Rosário

O Ministério Público Federal, através de um parecer assinado por Marcelo Antônio Ceará Serra Azul, entrou com uma ação de improbidade administrativa contra Lula. A mesma ação já havia sido anulada pela Justiça, mas o MP apelou, e trabalha para que a denúncia seja aceita pela Justiça.

Tudo muito bem, só que é importante a gente lembrar alguns episódios. E jamais esquecer que o Ministério Público, que tem a nobre missão de combater a corrupção e a incompetência administrativa, também tem seus problemas.

O MP tem muitos integrantes ilibados e valentes, mas há momentos em que aqueles que cultivam rancores políticos e se associam a forças partidárias conservadoras (para não dizer mafiosas), parecem predominar.

Serra Azul, o procurador que assina o parecer contra Lula, por exemplo, além do sobrenome de pirata, tem uma mácula em seu passado que, pelo jeito, ainda não se apagou por completo.

Ele acompanhava outro procurador José Santoro, quando este tentou pressionar Carlos Cachoeira, a entregar uma certa “fita” que poderia prejudicar José Dirceu.

O escândalo foi parar no Jornal Nacional (que tentou, mesmo assim, aliviar a barra de Santoro, ao lhe dar todas as chances de se explicar):


Santoro e Serra Azul


(O vídeo acima foi editado por mim para mostrar somente a parte em que Serra Azul é citado; a íntegra da matéria do Jornal Nacional está aqui).

Santoro não ocultava seus objetivos: atingir José Dirceu e “derrubar o governo do PT”.

O caso chocou parte da opinião pública, e obrigou o então procurador-geral da República, Claudio Fonteles, a entrar com uma representação contra três procuradores:

O coordenador criminal do Ministério Público Federal em Brasília, Marcelo Antônio Ceará Serra Azul, o procurador Mário Lúcio de Avelar, bem como o sub-procurador, José Roberto Figueiredo Santoro, que extrapolaram suas funções na investigação do caso Waldomiro, poderão sofrer desde a pena mínima de advertência até a máxima, que seria a demissão.

Os atos por eles praticados afrontam “ao princípio do Promotor Natural e improbidade administrativa na modalidade de violação do dever de lealdade para com a Instituição”, no entender de Cláudio Fonteles, procurador-geral da República, que, nesta quarta-feira (31/3), encaminhou à Corregedoria-Geral do órgão pedido de abertura de inquérito administrativo. (veja íntegra abaixo)

Segundo Fonteles, ao tomarem conhecimento, no dia 4 de fevereiro passado, das fitas gravadas da conversa entre Waldomiro Diniz e o bicheiro Carlos Cachoeira, que foram enviadas pelo senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) com um pedido de investigação, deveriam ter encaminhado o material para o primeiro grau. “Eles invadiram atribuições”, afirmou.

Na época, a senadora Ideli Salvati foi à tribuna expressar sua suspeita de que Serra Azul estaria associado a Carlos Cachoeira, porque o procurador havia “anistiado” a Gtech, da qual Cachoeira era sócio, e jogado todo o peso do MP sobre a Caixa.

O próprio Dirceu também descobriu que Serra Azul entrara na Caixa para levar documentos, sem autorização judicial.

Uma rápida pesquisa nos permite descobrir que Serra Azul integrava o grupo de procuradores ligados à José Serra, do qual fazia parte Santoro, Mário Lúcio de Avelar; na Polícia Federal, o serrista mais conhecido era Marcelo Itagiba. Santoro, Avelar e Itagiba estiveram à frente, por exemplo, do caso Lunus, onde Serra conseguiu a proeza de extirpar pela raíz a candidatura de Roseane Sarney.

(Digressão: assista essa denúncia do deputado estadual Marcelo Freixo, que acusa Itagiba de ser um dos nomes mais constantes na CPI da Milícia, e que a milícia no Rio de Janeiro jamais cresceu tão rápido e matou tanta gente como quando Itagiba esteve à frente da secretaria de Segurança.)

A relação entre Serra Azul e Serra vem desde os tempos em que o tucano foi ministro da Saúde e montou uma espécie de “central de inteligência e contra-inteligência” no próprio ministério.

Matéria da Folha de 31 de outubro de 2001 informava que o empresário Alexandre Paes dos Santos, 47 anos, vivia um estranho pesadelo. Após comentar com uma jornalista sobre um esquema dentro do Ministério da Saúde para forçar empresários a colaborar no caixa de campanha de José Serra (seria um dos “mensalões” de José Serra?), o procurador Serra Azul apareceu na sua vida como um anjo vingador – em defesa de Serra. De possível denunciante, Santos passou a ser investigado.

“O procurador Marcelo Antonio Ceará Serra Azul, o ministro e o assessor, segundo Santos, estariam invertendo a situação. No lugar de investigarem sua denúncia de que existiria no ministério um esquema para forçar empresários a colaborar com a caixa de campanha presidencial de Serra, ele, Santos, é que passou a ser investigado por supostamente levantar suspeitas que visam obter benefícios para seus clientes.

O esquema do ministério seria, segundo o advogado Felipe Amodeo, um crime de concussão (extorsão ou peculato cometidos por servidor público no exercício da função). A acusação contra Santos é de tentativa de extorsão.”

Essas informações servem para alertar os cidadãos a olharem o Ministério Público com o mesmo grau de desconfiança que tem contra o Legislativo e o Executivo. O jogo pesado de poder e a corrupção estão tão entranhados no Ministério Público como em qualquer outra instituição. Com um agravante: os procuradores são como príncipes. Não passam pelo filtro do voto popular e gozam de uma blindagem e imunidade que nenhum parlamentar, ministro ou mesmo presidente da república, possuem.

Além disso, não é difícil observar, no seio do Ministério Público, a presença de uma mentalidade profundamente aristocrática, e um preconceito muito grande contra a classe política, vista como inculta, corrupta e incompetente. A figura de Lula, especialmente, por encarnar exatamente o oposto do perfil sociológico de um membro do Ministério Público, desperta um ódio irracional.

No julgamento do mensalão, esse ódio corporativo veio à tôna com muita força. Ao apresentar oficialmente a denúncia, Roberto Gurgel, não expõe somente os supostos fatos que deveriam levar à condenação: ele faz um discurso muito mais adjetivo do que substantivo. É um discurso de ódio e ressentimento. Como figura mais importante do Ministério Público naquele momento, Gurgel representava o neocoronelismo burocrático, já denunciado por Raymondo Faoro, cuja obra, ironicamente, é citada por Gurgel no discurso, mas sob um viés totalmente deturpado; Faoro antevira o golpe de Estado de 64 ao alertar que o coronelismo renascia disfarçado na burocracia.

O neocoronelismo burocrático, alertava Faoro, seria a maneira como as elites reagiam à democracia, sobretudo quando, após Vargas, perdem as prerrogativas de controlar (e fraudar) o processo eleitoral. Para setores da elite, a democracia implica em perda de poder. Por isso, o espírito de vingança, que perdura até hoje.

A perseguição de Serra Azul contra Lula, enquanto FHC é deixado em paz, reflete esse espírito vingativo e aristocrático do Ministério Público. FHC mereceu ser presidente, porque estudou na Sorbonne e fala francês. Lula não. Lula tem de pagar pelo crime de ganhar as eleições e governar o Brasil. Com o julgamento do mensalão, derrubaram alguns dos melhores quadros políticos do PT. Agora é a vez do próprio Lula.

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Lembre do escândalo dos Anões d

o Orçamento que completa 20 anos


José Carlos Alves dos Santos foi o delator do maior esquema de corrupção até então no País Foto: Reprodução


José Carlos Alves dos Santos foi o delator do 
maior esquema de corrupção até então no País
Foto: Reprodução
José Carlos Alves dos Santos – Era o responsável técnico da Comissão do Orçamento, e foi o delator do esquema, após suspeita de ordenar a morte da mulher, crime pelo qual foi condenado a 20 anos de prisão, mas está em liberdade condicional.  Ele relatou à CPI que sua mulher sabia do esquema, mas tinha conhecimento apenas das comissões, que variavam entre 20% e 30%.
Ricardo Fiuzza – Quando comandou a Comissão de Orçamento beneficiou uma de suas fazendas com dinheiro público. Escapou da cassação e morreu no final de 2005 por causa de um câncer.
João Alves – era o líder da quadrilha, tinha movimentação financeira 300 vezes maior que a compatível com sua renda de parlamentar.  Com os conhecimentos técnicos de José Carlos Alves dos Santos na Comissão de Orçamento da Câmara manipulava as emendas. Ele renunciou ao cargo para não ser cassado e perder os direitos políticos e morreu em 2004 por causa de um câncer de pulmão.(Para ler completo, clique no título)_____________________________
Wikipédia:

Anões do Orçamento



Trecho:
O ex-chefe da Assessoria de Orçamento do Senado, José Carlos Alves dos Santos, ao denunciar as irregularidades, fez desmontar o esquema. Mas ele próprio foi preso e acusado de assassinar a esposa, Ana Elizabeth Lofrano, que ameaçava denunciar os podres da máfia. Na casa dele foi achada uma mala com mais de US$ 600 mil.
A situação de José Carlos se complicou com a prisão de dois cúmplices, que mostraram o local onde enterraram o corpo de Ana Elizabeth, após a terem matado a golpes de pedra e picareta em novembro de 1992, na presença do marido. O assessor foi condenado a 20 anos de prisão. Em sua defesa, acusou os ex-deputados João Alves Ricardo Fiúza como os verdadeiros mandantes do assassinato de sua mulher.
Na cadeia, José Carlos tentou o suicídio, mas foi salvo. Quase dez anos depois, já em liberdade condicional, amarga uma vida solitária e sem atrativos. Não frequenta mais as altas rodas a que estava acostumado e teve a aposentadoria cortada pelo Senado. Mas, ao contrário do que ocorreu com a CPI do PC, onde os personagens revelaram os bastidores dos crimes financeiros, muitos segredos dos "Anões do Orçamento" continuam guardados. José Carlos até hoje se nega a falar sobre o assunto.

(Para ler completo, clique no título)
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serialistas

As especialistas em séries

BRANCA DE NEVE E OS ANÕES DO ORÇAMENTO15/5, terça-feira, às 23hJOSÉ CARLOS DOS SANTOS E ANA ELIZABETH LOFRANO – 1992
José Carlos dos Santos era, por um lado, um industrial poderoso, dedicado à sua esposa e três filhos, e por outro, gostava de orgias e práticas sadomasoquistas. Embora sempre tenha tentado proteger sua família, seu lado selvagem o superou, a ponto de simular um sequestro para assassinar sua esposa, e supostamente ordenar que a enterrassem viva.





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Sociedade

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Os paradoxos e a verdade - Teria Roberto Jefferson selado o pacto com o beijo de fidelidade?

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[PressAA: Tá liberado para quem quiser contratar político, jornalista ou juiz]



 por  - 03/12/2013

genoino jovem
Não é a primeira vez que os brucutus prendem Genoíno.
[PressAA: Genoino não quer evitar cassação coisa nenhuma, seu abestalhado! Genoino quer evitar o espetáculo midiático e assassinato de reputação de qualquer pessoa que o defenda]





"Em seu estudo sobre Mirabeau, Ortega y Gasset define bem o perfil do estadista e de outros personagens clássicos da política: o pusilânime e o intelectual. O estadista só tem compromisso com a mudança do Estado. É capaz de alianças com o diabo, desde que permita a suprema ambição de mudar um país, um povo. Já o intelectual se vale todos os argumentos do escrúpulo como álibi para a não ação.Por Luis Nassif, no Jornal GGN

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Recebido por e-mail de nosso colaborador-correspondente jornalista André Lux:


“Enforquem Nelson Mandela”

Nessa época, Mandela era
chamado de "terrorista"
- por Mario Magalhães

Perdão pelo azedume, em meio aos festejos pelo grupo café-com-leite do Brasil na Copa, a preocupação com o possível oponente duro nas oitavas-de-final e o lamento por Nelson Mandela.
Não deveria, mas ainda me assombro com tanta hipocrisia, como agora, com a morte do velho líder negro sul-africano. 


Muitas das bocas que hoje tecem loas à memória do velho combatente são herdeiras históricas daquelas que, com a CIA e numerosos governos alegadamente democráticos, no passado nem tão distante, avacalhavam Mandela como subversivo e terrorista.

Margaret Thatcher e seus discípulos ainda são celebrados como a luz que livrou o Reino Unido das trevas. Se dependesse de alguns thatcheristas, Mandela não teria nem saído vivo da cadeia. É o que lembrei meses atrás, no comecinho do blog.

Em homenagem a Nelson Mandela, reproduzo abaixo o post, documentado com o cartaz acima. Nem todas as lágrimas na despedida são sinceras.

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“Enforquem Nelson Mandela e todos os terroristas do Congresso Nacional Africano [ANC, nas iniciais em inglês]. Eles são açougueiros.”

O cartaz acima foi distribuído no Reino Unido no início da década de 1980, quando o líder negro sul-africano ainda amargava a prisão iniciada em 1962. A imprensa o atribuiu à Federação dos Estudantes Conservadores, vinculada ao Partido Conservador e sobretudo à primeira-ministra da época, Margaret Thatcher (1925-2013).

A senhora Thatcher também chamou Mandela de terrorista. O CNA era a organização política anti-apartheid à qual Mandela pertencia.

Mandela não foi enforcado e conquistou a liberdade em 1990. De 1994 a 99, presidiu a África do Sul, consagrando o fim do regime de segregação racial, a despeito da enorme desigualdade social que ainda persiste. Recebeu o Prêmio Nobel da Paz. 

No momento em que Mandela, velhinho, está internado em estado grave aos 94 anos, não custa lembrar que, se dependesse de alguns estudantes britânicos ditos civilizados, ele estaria morto há muito tempo.

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Recebido por e-mail da rede de correspondente de Hélder Câmara:


SÁBADO, DEZEMBRO 07, 2013


O QUE MANDELA DEVIA A FIDEL: A VITÓRIA !

Fidel derrotou a CIA e os racistas em Angola e abriu espaço político para Mandela.


Antes que façam do Mandela um tucano


Atilio A. Boron, do jornal Pagina12, da Argentina (o Brasil não teve competência, sequer, para por de pé um Pagina12 …), lembra a dívida de Mandela a Fidel.


E que Mandela, como Dirceu e Genoino, aderiu à luta armada e, por isso, foi condenado à prisão perpétua.


Portanto, antes que o PiG (*) faça do Mandela o que tentou fazer do Déda – um bonitão, conciliador, que adorava ler poesia para as mulheres, e omitir sua historia trabalhista, ortodoxa …- vale a pena ir … à Argentina !


MANDELA Y FIDEL


Por Atilio A. Boron *


La muerte de Nelson Mandela precipitó una catarata de interpretaciones sobre su vida y su obra, todas las cuales lo presentan como un apóstol del pacifismo y una especie de Madre Teresa de Sudáfrica. 

(Para ler completo, clique no título)

No blog da redecastorphoto...


20/7/2005, [*] Tony Karon (nos 87 anos de Nelson Mandela) [excertos]
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu


Entreouvido na Vila Vudu: Muito bom que Moon of Alabamaque é voz respeitada (“A luta tem de continuar”) tenha distribuído esse artigo de 2005. Porque ontem, na roda de conversa, a Verinha-de-Lúcia disse assim:

Não entendi. Mandela nunca foi feminista, nem “verde”, nem “ético”. Nunca foi pacifista. Nunca disse que os operários pedalarem 40 km pra ir trabalhar de bicicleta seria solução “ecológica”. Nunca lhe passou pela cabeça que a “kurrupção” fosse o pior dos crimes. Pregou que os negros sul-africanos se armassem. Foi comandante de grupos armados. Foi declarado “terrorista” pelos EUA. Passou 28 anos na cadeia, porque os EUA e os sionistas lá o meteram e lá o queriam.
E agora... virou santo? Na primeira página do Estadão, como herói? Até o Trigo, aquela besta da GloboNews, parece compungidíssimo?! Como assim?!

Por pouco a Verinha-de-Lúcia não apanhou na bunda, porque o pessoal estava no clima do luto pautado pela TV.
Agora, tá tudo explicado: a Verinha-de-Lúcia é da tribo dos verdadeiros revolucionários mandelistas!
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Winnie Mandela (E), Nelson Mandela (C) e Joe Slovo (D)
2ª-feira (18/7/2005), Nelson Mandela completou 87 anos e, cá nessas praias, eu às vezes sinto que ele continua preso, precisando de que o libertem de algumas fantasias bizarras que nada têm a ver com a história ou a política de Mandela.

Declaro aqui, para que todos saibam desde já: Nelson Mandela é o único político no qual algum dia votei; que o celebro como um gigante de nosso tempo e que mil vezes o declarei meu comandante (quase sempre, cantando, desafinado, cantos xhosa), ao longo dos dez anos durante os quais lutei no movimento de libertação dos negros na África do Sul. Por isso, provavelmente, o “Mandela” que tantas vezes encontrei nas fábulas da mitologia norte-americana me parece absolutamente irreconhecível. Comento aqui as duas das mais repetidas versões dessas fábulas:

Mandela inventado #1: “Como Gandhi, Martlin Luther King e Nelson Mandela…”

Quantas vezes ouviu-se essa frase, aplicada a algum político que, em algum canto do mundo, pregue o pacifismo contra regime assassino! Quem duvide, que pesquise no Google a exata frase (em inglês).

Compreendo a compulsão de associar figuras de grande autoridade moral, mas, aí, há erro importante. Nelson Mandela jamais foi pacifista. Quando a via da desobediência civil não violenta de Ghandi só gerou mais violência do estado, Mandela declarou:

Chega hora, na vida de qualquer nação, quando só há duas escolhas – submeter-se ou lutar. Essa hora chegou para a África do Sul. Não nos submeteremos e não nos resta escolha além de responder, pelos meios que haja, na defesa de nosso povo, nosso futuro e nossa liberdade.

Mandela teve papel de liderança na construção do braço armado do Congresso Nacional Africano, [1] e viajou pelo mundo para obter apoio e recursos; ele próprio recebeu treinamento para guerra de guerrilhas na Argélia, de comandantes da FLN que, pouco tempo antes, despachara de lá os franceses colonialistas.

 Fidel Castro e Nelson Mandela

Mas Mandela nunca foi terrorista: sob o comando dele, o braço armado do movimento só atacou símbolos e estruturas do governo da minoria branca e soldados de suas forças de segurança. Jamais atacou civis brancos ou outros não combatentes. E, o mais importante, Mandela sempre viu a ala armada do movimento como diretamente e essencialmente subordinada à liderança política.

Permaneceu, consistente e orgulhoso, sempre fiel a essas ideias. Mesmo quando oposição não violenta de massas tornou-se dominante, como orientação do Congresso Nacional Africano, nos anos 1980s, Mandela reafirmou sua conexão com a ala armada. Escreveu, de uma mensagem enviada clandestinamente de dentro da prisão, que: 

(...) entre o martelo da luta armada e a bigorna da ação de massas, o inimigo será esmagado.

(Claro que nem sempre funcionou assim – a luta armada jamais foi muito efetiva, e a ação de massas, combinada com sanções internacionais fizeram mais, para derrubar o regime do apartheid).

(Para ler completo, clique no título)
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"O historiador marxista britânico Perry Anderson considera Nelson Mandela e Lula como os maiores líderes populares do mundo contemporâneo, não apenas pelo sucesso das lutas a que eles se dedicaram – contra a discriminação racial e contra a fome -, mas também porque tocam em temas fundamentais das formas de exploração e de opressão do capitalismo. O apartheid terminou, fazendo com que Mandela ficasse como um dos maiores lideres do século XX. Lula projeta sua figura no novo século, na medida em que a sobrevivência do capitalismo e do neocolonialismo reproduzem a fome e a miséria no mundo." - Emir Sader - Mandela contra a escravidão

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4/12/2013Juan ColeInformed Comment
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

“Juan Cole erra tudo sobre Líbia e Síria. Mas, nisso, acerta: mataram Detroit”.
5/12/2013, Pepe EscobarFacebook
Trilha sonora sugerida: No Fun [Não é divertido, não tem graça] (Iggy and the Stooges). Ouça a seguir:




População de Detroit, de mãos dadas, reza para que não roubem suas aposentadorias 
e pensões
O juiz decidiu que a municipalidade de Detroit pode beneficiar-se do direito de falência e reestruturação financeira. Significa que as aposentadorias e pensões podem, pelo menos em parte, ser roubadas dos trabalhadores. (...)


A grande pergunta é se a bancarrota de Detroit e o declínio, que prossegue, são só uma rebarba, ou se nos dizem algo sobre o estado distópico em que os EUA estão-se convertendo. Parece-me que os problemas da cidade são as dificuldades do país como um todo, especialmente no que tenha a ver com desindustrialização, robotização, desemprego estrutural, crescimento territorial das propriedades totalmente gradeadas do 1% e o racismo. O prefeito convocou as famílias que ainda vivem no oeste da cidade, muito esvaziado, a se mudarem para o centro, para que possam ser atendidas. Soa-me como o pós-apocalipse. Vez ou outra, os bairros abandonados pegam fogo; em pouco tempo, 30 prédios viram fumaça em Detroit.

(Para ler completo, clique no título)

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Caros Amigos nas Bancas

Caros Amigos nas Bancas 
A Caros Amigos selecionou 46 DVDs para seus leitores. São documentários, clássicos do cinema e lançamentos. O próximo filme que você vai assistir talvez esteja na Loja Caros Amigos. Sinopse de "Capitalismo: Uma História de Amor": O documentário de Michael Moore explora uma questão tabu: Qual o preço que os EUA pagam por seu capitalismo? Há alguns anos, esse amor parecia muito inocente. Hoje, porém, o sonho americano parece mais um pesadelo quando famílias pagam o preço com seus empregos, casas e economias. Moore entra em lares de pessoas comuns cujas vidas viraram de cabeça para baixo; e parte para procurar por respostas em Washington e em toda parte. Ele encontra os sintomas característicos do fim de um caso de amor: mentiras, abusos, traição… e 14 mil empregos perdidos por dia. // Esse e outros filmes você confere e escolhe clicando na imagem


PressAAMichael Moore  é outro, passa o tempo todo gritando: "Quero meu dinheiro de volta! Meu dinheirinho suado!" - Tá bem! Dá o dinheirinho dele, pra ele comprar tudo o que é bugiganga! Good! Good! God is money! Dinheiro é bom, cara! Mas não compra tudo, menos ainda dignidade. Se dinheiro comprasse dignidade, essa corja que vendeu a nossa pátria a troco de propina, comprou mansões pra si e para os seus e presenteou outros com apartamentinhos em Miami, seriam os mais dignos cidadãos desta Nação.


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Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons

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PressAA



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